CUIABÁ
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
REGULAMENTAÇÃO

Cattani propõe lei para regulamentar cultivo do peixe panga em Mato Grosso

O descumprimento da norma poderá resultar em advertência, multa ou cassação da licença de operação

publicidade

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) apresentou na Assembleia Legislativa (ALMT) um projeto de lei que pretende regulamentar o cultivo, manejo, transporte, processamento e comercialização do peixe Pangasius hypophthalmus, conhecido como panga, no estado. A proposta busca garantir que a atividade seja desenvolvida de forma segura, sustentável e com responsabilidade ambiental.

Pelo texto, o cultivo só poderá ocorrer em sistemas aquícolas devidamente licenciados e deverá seguir protocolos de biossegurança, sanidade, rastreabilidade e bem-estar animal.

A criação do panga ficará proibida em tanques-rede instalados em rios e lagos naturais, bem como em áreas de preservação permanente, unidades de conservação e no Pantanal.

A fiscalização caberá à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA/MT) e ao Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA/MT), que deverão apresentar relatórios anuais à Assembleia Legislativa sobre as ações de controle, impactos ambientais e medidas adotadas. O descumprimento da norma poderá resultar em advertência, multa ou cassação da licença de operação.

O projeto também prevê incentivos econômicos e técnicos para fortalecer a cadeia produtiva. Entre as medidas estão linhas de crédito específicas, oferecidas pela Desenvolve MT, e programas de capacitação e assistência técnica em parceria com o SEBRAE, SENAR, universidades e entidades de pesquisa.

Leia Também:  Vereador diz que Câmara vai pagar "apenas" passagens em rota no Oriente Médio

Segundo Cattani, o objetivo não é introduzir uma nova espécie no estado, mas organizar e regulamentar o cultivo do peixe, que já é criado no Brasil há mais de 30 anos.

“O Pangasius já está consolidado em vários polos aquícolas do país. O que queremos é garantir um modelo de produção seguro, sustentável e que gere oportunidades econômicas para os produtores mato-grossenses”, afirmou o parlamentar.

De acordo com o deputado, o panga apresenta custo de produção até 30% menor que o da tilápia, rendimento de filé superior a 45% e rápido crescimento, o que o torna uma alternativa competitiva para a piscicultura local.

A proposta é resultado de discussões realizadas pela Câmara Setorial Temática do Panga (2024–2025) e pelo Workshop sobre Pangasius, promovido em junho de 2025 na FAMATO, em Cuiabá, com participação de entidades como AQUAMAT, PeixeBR, EMPAER, UFMT e UNEMAT.

Para Cattani, a regulamentação coloca Mato Grosso na rota de estados que já exploram o potencial do panga, como Paraná, São Paulo, Sergipe, Maranhão e Minas Gerais.

“O projeto equilibra proteção ambiental e desenvolvimento econômico. É uma medida que estimula o emprego, fortalece a agricultura familiar e amplia a oferta de proteína de baixo custo para o consumidor”, destacou.

Leia Também:  Homem é indiciado por falsa comunicação de crime ao denunciar roubo que não existiu

Se aprovado, o projeto deverá ser regulamentado pelo Poder Executivo em até 180 dias, com definição dos protocolos técnicos e regras específicas para pequenos produtores.

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade